28 de mai. de 2010

Profissionais (in) substituíveis

Recebi este email de dois ex-alunos. Além de agradecer profundamente, resolvi compartilhar no blog para provocar a reflexão:

Como ser um profissional insubstituível? Para mim, a paixão pelo trabalho é que torna o profissional insubstituível.



Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de

gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça:

"ninguém é insubstituível" .



A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores

se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço

se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:



- Alguma pergunta?



- Tenho sim.



-E Beethoven ?



- Como? - o encara o diretor confuso.



- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?



Silêncio.....



O funcionário fala então:



- Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei

muito pertinente falar sobre isso.





Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo

continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando

sai um, é só encontrar outro para por no lugar.



Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra?

Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado?

Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? etc...





Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer

bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.



Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma

coisa.



Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a

pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos

fortes e não utilizando energia em reparar seus 'erros/ deficiências' .



Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo , se Picasso era instável ,

Caymmi preguiçoso , Kennedy egocêntrico, Elvis paranoico ...



O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos

memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.





Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus

esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de

cada um em prol do sucesso de seu projeto.



Se seu gerente/coordenador , ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua

equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder/técnico, que barraria Garrincha por

ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por

ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.





Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos

não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo,

nem chefes nem subordinados . . . apenas peças.





Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'. Ao

iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:

"Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para

substituí-lo, chamamos:... . Ninguém ... pois nosso Zaca é insubstituível"



Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... com toda certeza ninguém te

substituirá!



"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma

coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso."



"No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é..., e outras...,

que vão te odiar pelo mesmo motivo..., acostume-se a isso..., com muita paz de

espírito. ..". É bom para refletir e se valorizar!



Um Bom Dia..... Insubstituível!!!

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