19 de out. de 2009

O custo do mau relacionamento interno

Que a boa comunicação entre as pessoas no trabalho é fundamental todo mundo sabe. Assim como, às vezes, é muito difícil aturar a má educação de um chefe ou a grosseria de um fornecedor ou cliente.

Neste artigo da HSM, o custo que isto tem para a empresa.


Recursos Humanos
Existe custo para mau comportamento?

Falta de educação no relacionamento profissional gera custos elevados para as empresas e afeta clientes, colegas e a comunidade.
Sim, existe! A falta de educação, de polidez, gera um custo elevado para a empresa, pois faz com que as pessoas se sintam mal e as repercussões são diretas no relacionamento com os clientes e entre os colegas de trabalho. Além disso, afetam a qualidade do produto e também o relacionamento com fornecedores. Até mesmo a comunidade é impactada, pois reflete o comportamento das pessoas e isso acaba sendo externado, prejudicando a imagem da empresa.
O relacionamento interno é extremamente importante para que os demais possam fluir bem. Existem chefes rudes, que expõem suas ideias por meio de grosserias aos subordinados, gerando resmungos e cara feia. Existem ainda os atritos entre colegas de mesmo nível hierárquico. Isso cria um clima de tensão ruim, instabilidade e um mal-estar, que minam o relacionamento, atrapalham as etapas de execução das atividades e resultam em insatisfação e em dissolução do trabalho em equipe.
E quanto aos clientes e fornecedores, dois extremos vitais para a empresa? De um lado, aquele que sustenta a organização, de outro, quem abastece e dá suporte para que a empresa possa manufaturar ou prestar serviços, gerando capital. Tão importante quanto o atendimento ao cliente bem feito, com educação, polidez e cortesia, é o relacionamento com os fornecedores e prestadores de serviço. São eles que também garantem o sucesso da sua empresa. Formar uma parceria sólida faz com ambos prosperem.
Quando um fornecedor é tratado mal, tenta se esquivar em oportunidades futuras, procura criar barreiras para não atender as solicitações da empresa que foi rude. Isso gera um custo enorme para a empresa, afinal não se trata apenas do fornecimento de matéria-prima, mas também da qualidade dela, do prazo de entrega, do valor a ser pago. A descortesia acaba por criar um clima ruim, impactando em toda negociação e comprometendo todo o serviço da ponta comercial.
Como podemos mapear e melhorar esse mau comportamento? Uma idéia são os treinamentos em grupo. Mas para isso, num primeiro momento, precisaremos levantar os comportamentos organizacionais que queremos melhorar. Saber o que é considerado falta de civilidade e de educação. Depois, colocar aquilo que se espera, de que forma a empresa quer que as pessoas se comportem.  Quando esses comportamentos estiverem compilados em forma de “código ou manual de bom comportamento”, é preciso disseminá-los a todos os níveis hierárquicos, deixando claro o comportamento que é esperado, não podendo haver nenhuma exceção de nível, nenhum desvio. Todos, da diretoria ao chão de fábrica, devem estar igualmente envolvidos. Caso contrário, a iniciativa pode cair em descrédito.
Para manter o bom relacionamento, é importante sabermos separar o “pecado do pecador”. Isso que dizer que, por mais que se goste de uma pessoa, quando ela tem um comportamento que não é adequado é preciso falar abertamente sobre os pontos que precisam ser modificados ou melhorados, mostrando os benefícios que a mudança pode gerar. Temos que desmistificar a idéia de que “se eu falar algo ele ficará contra mim” ou “deixará de me tratar bem”.
Colocar de forma clara quais atitudes refletidas em comportamentos devem ser mudadas é essencial para que a relação de todos seja positiva. Explicar para a pessoa o que realmente se espera do comportamento dela.
Então, para conseguirmos eliminar o custo do mau comportamento, é preciso treinar, comunicar o que se espera, mostrar a importância de ser educado e cortês, e os resultados e benefícios que esse tipo de comportamento traz, tanto para a vida profissional quanto pessoal. Lembre-se de deixar muito claro o que se espera dos comportamentos, o comprometimento com o sucesso da empresa cabe a todos!
Até a próxima!

Por Brian Lipczynski Martins (Quality / Maintenance Assessor. E-mail: brian@pormade.com.br)
HSM Online
19/10/2009

Nenhum comentário:

Postar um comentário